Se você já travou na hora de escrever um laudo ou relatório, pensando:
“Será que isso tá técnico o suficiente? Ou tá complicado demais?”
Você não está sozinho(a).
A boa notícia é que a Resolução CFP nº 06/2019 traz orientações claras sobre como escrever documentos psicológicos com precisão, técnica e ao mesmo tempo acessibilidade.
Nesse artigo, você vai aprender como deve ser a linguagem correta em documentos psicológicos, com exemplos práticos, sem “psicologuês” exagerado e sem abrir mão da seriedade da profissão.
📚 O que a Resolução CFP 06/2019 diz sobre a linguagem?
📌 Art. 6º – A psicóloga deve expressar-se de forma precisa, objetiva, impessoal e ética.
A linguagem precisa:
- Estar em norma culta da Língua Portuguesa
- Ser técnica, mas clara
- Ter sequência lógica de ideias
- Ser coerente e coesa
- Ser impessoal (nada de “eu observei”, “eu percebi”)
🔤 Como escrever com clareza sem ser superficial?
A chave está no equilíbrio entre técnica e objetividade. O ideal é que qualquer profissional (ou até leigo, se for o caso) consiga entender o essencial do documento sem interpretações erradas.
❌ Evite:
- Palavras vagas demais: “problemático”, “difícil”, “normal”
- Frases longas e enroladas
- Termos subjetivos: “a paciente parecia deprimida”
- Diagnósticos sem base
- “Psicologuês” confuso
✅ Prefira:
- Termos técnicos com sentido claro: “apresenta traços compatíveis com ansiedade generalizada”
- Frases diretas: “Durante as sessões, observou-se dificuldade em manter a atenção por mais de 10 minutos.”
- Justificativas quando necessário: “Este comportamento foi observado em 4 sessões consecutivas.”
🧠 Linguagem técnica ≠ linguagem complicada
Você pode ser técnico sem parecer um robô. A ideia não é parecer erudito, e sim ser:
- Preciso: usar o termo certo para o fenômeno observado.
- Coerente: as informações devem se conectar com lógica.
- Fundamentado: tudo o que você escreve precisa ter base em observação, registro, teoria ou instrumento validado.
✍️ Exemplo ruim vs. exemplo ideal
❌ Errado | ✅ Correto |
---|---|
“O paciente é muito infantil.” | “Apresenta comportamentos imaturos para a faixa etária, como dificuldade de lidar com frustrações.” |
“A mãe é problemática.” | “A genitora demonstra comportamentos de sobrecarga emocional, com relatos de dificuldade em impor limites.” |
“A criança é agressiva.” | “Foram observadas condutas agressivas verbais e físicas durante jogos em grupo, especialmente em situações de perda.” |
🟨 Pode usar termos do CID?
Sim, se necessário e justificado, especialmente em laudos e atestados, mas nunca de forma isolada ou automática.
Evite usar código CID como diagnóstico fechado sem contexto.
Exemplo aceitável:
“Os dados são compatíveis com F93.9 (Transtornos emocionais da infância), conforme critérios observados na avaliação psicológica realizada.”
📥 E quando for transcrever falas do paciente?
A transcrição só é permitida com justificativa técnica, e deve:
- Estar entre aspas
- Ser objetiva e necessária
- Evitar exposição ou constrangimento
Exemplo:
“Em sessão, a criança relatou: ‘Eu bato porque eles mexem nas minhas coisas’ – evidenciando baixa tolerância à frustração.”
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✅ Conclusão
Escrever bem na Psicologia não é um dom — é uma técnica. A linguagem dos documentos psicológicos precisa ser:
✔ Clara
✔ Técnica
✔ Precisa
✔ Impessoal
✔ Ética
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