Com tantas demandas diferentes na prática, muitos psicólogos e psicólogas já se perguntaram:
“Será que posso criar um documento psicológico com outro nome, tipo ‘relato descritivo’, ‘registro técnico’ ou algo específico para uma instituição?”
A resposta é: depende.
Neste artigo, você vai entender o que a Resolução CFP nº 06/2019 permite ou não, quais são os documentos oficialmente reconhecidos, e quando é possível personalizar sem infringir a ética.
📚 Os 6 documentos reconhecidos oficialmente pela Resolução
De acordo com o Art. 8º da Resolução CFP nº 06/2019, os únicos documentos psicológicos normatizados são:
- Declaração
- Atestado Psicológico
- Relatório Psicológico
- Relatório Multiprofissional
- Laudo Psicológico
- Parecer Psicológico
Esses são os gêneros técnicos formais, com estrutura, finalidade e linguagem regulamentadas.
Qualquer outro nome ou formato precisa seguir os mesmos princípios éticos e técnicos.
🧩 Mas e se a escola, empresa ou juizado pedir outro formato?
Você pode adaptar a forma, mas o conteúdo precisa estar alinhado com as regras da profissão.
📌 Exemplo: A escola pede um “relato de comportamento”.
✅ Você pode usar a estrutura de relatório psicológico, com esse título como subtítulo ou dentro da demanda.
❌ Mas não deve criar um documento fora dos padrões e sem registro ético.
💡 Solução prática:
Use o título oficial (ex: “Relatório Psicológico”) e adapte o conteúdo à demanda:
“Este relatório atende à solicitação de um resumo descritivo do comportamento escolar de Fulano de Tal…”
🔐 Quais são os riscos de inventar um documento?
Criar um “documento psicológico” com nome ou conteúdo fora das normas pode:
- ❌ Ser considerado falta ética
- ❌ Ter uso negado por instituições
- ❌ Te deixar sem respaldo jurídico
- ❌ Gerar notificação do CRP
📌 Toda comunicação escrita profissional deve seguir o Art. 3º da Resolução CFP nº 06/2019 — não importa o título que você queira dar.
📋 Como garantir que estou dentro da ética?
Sempre que criar qualquer documento, verifique:
✅ Existe finalidade clara e técnica?
✅ Há registro da intervenção ou avaliação no prontuário?
✅ Está em linguagem impessoal, objetiva e técnica?
✅ O título e conteúdo seguem as finalidades da resolução?
✅ Os dados estão protegidos por sigilo?
✅ Consta o nome e CRP da(o) profissional, assinatura, numeração das páginas e data?
Se a resposta for sim para todos, você está no caminho certo.
🧠 Exemplo de documento adaptado corretamente
Relatório Psicológico – Observações de Comportamento Escolar
Este relatório foi elaborado para atender à solicitação da Escola X, visando descrever os comportamentos observados durante o processo de acompanhamento psicológico de Fulano de Tal, de 7 anos, no contexto clínico e institucional.
[Segue a estrutura com: demanda, procedimento, análise, conclusão.]
📌 A forma é adaptada, mas o conteúdo segue estritamente a Resolução 06/2019.
🧩 Na Psiform você adapta com autonomia e respaldo técnico
Com a Psiform, você pode:
📄 Escolher o tipo de documento (laudo, relatório, parecer…) e adaptar conforme a demanda
⚙️ Utilizar estruturas base alinhadas à Resolução CFP nº 06/2019
📝 Inserir finalidades personalizadas sem perder a ética e a padronização
📁 Acessar mais de 300 modelos prontos, em Word e Canva, com acesso vitalício e sem mensalidades
Tudo isso com praticidade, sem precisar criar seus documentos do zero.
✅ Conclusão
Você pode e deve adaptar os detalhes do documento à sua realidade, mas nunca deve sair da estrutura, finalidade e ética profissional definidas pelas resoluções do CFP.
🔍 Antes de criar um novo tipo de documento, pergunte:
- Qual é o objetivo desse material?
- Já existe uma modalidade que cumpre essa função?
- Se estou “criando”, estou mantendo a estrutura técnica e a proteção ética?
Esse cuidado garante a segurança jurídica, a qualidade profissional e o respeito à nossa ciência.