Emitir um documento psicológico é uma responsabilidade técnica enorme — mas guardar corretamente esse material também é parte fundamental da prática profissional.
Nesse blog, você vai entender quanto tempo deve guardar os documentos psicológicos, como registrar a validade do conteúdo de laudos e relatórios, e o que diz a Resolução CFP nº 06/2019 sobre isso.
1. Documentos precisam ser guardados? Por quanto tempo?
Sim! Todo documento produzido pela(o) psicóloga(o) — seja em papel ou digital — deve ser arquivado por no mínimo 5 anos.
Base legal: Art. 15 da Resolução CFP nº 06/2019
Esse prazo começa a contar a partir da data de emissão do documento. E o arquivamento inclui tanto o documento final quanto todo o material que fundamentou sua elaboração, como:
- Anotações
- Entrevistas
- Testes aplicados
- Registros clínicos
Quem é responsável por guardar os documentos?
A responsabilidade é da(o) psicóloga(o) que prestou o atendimento, mesmo que tenha atuado em instituição.
Ou seja, mesmo que você trabalhe em escola, hospital ou ONG, você também responde pela guarda dos documentos que assinou.
Exceções:
- Caso haja norma interna da instituição que assuma essa responsabilidade;
- Se a(o) psicóloga(o) for contratada como colaboradora sem função técnica final.
E se eu mudar de cidade, parar de atender ou fechar o consultório?
Se você interromper a prática profissional, deve garantir o destino ético dos documentos.
Conforme o Código de Ética, os documentos devem ser:
- Transferidos para outro profissional (com consentimento do paciente), ou
- Entregues ao CRP local, caso necessário.
Nunca descarte documentos sem orientação formal.
2. Qual o prazo de validade do conteúdo dos documentos?
A Resolução exige que você indique no próprio documento qual é a validade daquelas informações.
Base legal: Art. 17 da Resolução CFP nº 06/2019
Mas como definir isso? A própria norma orienta:
Você deve considerar:
- A natureza do serviço prestado
- A atualidade das informações
- O contexto social e clínico
- A finalidade da avaliação/intervenção
Exemplo de texto para o último parágrafo:
“Este laudo tem validade de 12 meses a partir da data de emissão, considerando a natureza dinâmica do fenômeno psicológico e as informações atuais da avaliação.”
Esse trecho mostra que o documento tem limite temporal, pois o estado mental da pessoa pode mudar com o tempo — e isso precisa estar registrado.
Cuidado com documentos sem validade definida
Se você não incluir o prazo de validade, alguém pode usar esse documento anos depois, fora do contexto em que foi produzido. E isso pode gerar:
- Interpretações erradas;
- Responsabilidade ética para você;
- Uso inadequado em processos judiciais ou escolares.
Evite esse risco incluindo sempre o parágrafo de validade.
3. Onde e como guardar os documentos?
Pode ser em formato impresso ou digital, desde que:
- Estejam protegidos contra perda ou acesso indevido;
- Possam ser acessados em caso de fiscalização do CRP;
- Tenham organização e numeração correta (como exige o Art. 5º e 6º da Resolução 06/2019).
Importante: Nuvem ou HD externo só se tiverem senha e backup.
Na Psiform você adapta com autonomia e respaldo técnico
Com a Psiform, você pode:
Escolher o tipo de documento (laudo, relatório, parecer…) e adaptar conforme a demanda
Utilizar estruturas base alinhadas à Resolução CFP nº 06/2019
Inserir finalidades personalizadas sem perder a ética e a padronização
Acessar mais de 300 modelos prontos, em Word e Canva, com acesso vitalício e sem mensalidades
Tudo isso com praticidade, sem precisar criar seus documentos do zero.
Conclusão
Guardar documentos corretamente e registrar a validade do conteúdo não é só burocracia — é uma obrigação ética, que protege você, seu paciente e o uso correto da Psicologia.
A Resolução CFP nº 06/2019 é clara sobre isso, e seguir essas diretrizes é sinal de compromisso com a profissão e com a segurança de quem você atende.